Operação investiga suspeita de 'fura-fila' e venda de cirurgias em hospital público do Tocantins

  • 04/11/2025
(Foto: Reprodução)
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos pelo Gaeco e Polícia Civil MPTO/Divulgação Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta terça-feira (4) em uma operação que investiga um possível esquema de "fura-fila" no Sistema Único de Saúde (SUS) no Tocantins. São apurados crimes de corrupção, venda de procedimentos cirúrgicos e favorecimento político dentro do Hospital Regional de Araguaína (HRA). A operação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Tocantins (MPTO), com apoio da Polícia Civil. Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços de servidores públicos e outros investigados na cidade de Araguaína, no norte do Tocantins. O g1 pediu posicionamento da Secretaria de Estado da Saúde (SES), mas não houve retorno até a última atualização desta reportagem. LEIA MAIS Justiça condena líder e braço direito de grupo que usava aviões e submarino para o tráfico de drogas internacional Eletricista que morreu em acidente entre moto e caminhonete tinha o sonho de ser pai: 'Infelizmente não aconteceu', diz esposa Veja os vídeos que estão em alta no g1 Como funcionava o esquema Segundo o Ministério Público, as investigações começaram em maio de 2022, a partir de uma denúncia anônima. O Gaeco apurou que o grupo era estruturado com divisão de tarefas e tinha como objetivo a obtenção de vantagens econômicas e políticas indevidas. A investigação aponta que a organização seria liderada por um ocupante da alta direção do hospital. Ele é considerado o gestor intelectual do esquema e seria responsável por manipular funcionários, alterar a regulação de procedimentos para atender aos pedidos políticos e pressionar a gestão do hospital. O nome do investigado não foi informado e o g1 não conseguiu contato com a defesa dele. Entre as práticas investigadas estão: Venda de procedimentos: o grupo é suspeito de comercializar cirurgias e resultados de biópsias, cobrando valores de pacientes para agilizar atendimentos que deveriam ser gratuitos; Fura-fila: os investigados teriam manipulado o fluxo de internações, especialmente nos períodos noturno e de finais de semana, para beneficiar pacientes indicados por políticos ou que pagassem pelo favorecimento; Favorecimento político: a estrutura do hospital teria sido utilizada para atender aos interesses eleitorais, incluindo a coação de servidores terceirizados e a distribuição de cestas básicas em troca de apoio político; Manipulação de pacientes: há relatos de que membros do esquema orientavam pacientes a não aceitarem alta médica, prometendo agilizar cirurgias para, em troca, obter pagamentos. A investigação também apura a participação de funcionários públicos e de um ex-servidor, que chegou a ser exonerado e mesmo assim continuava frequentando o hospital para, supostamente, agenciar cirurgias e consultas. Ainda segundo o MPTO, durante a investigação foram reunidos depoimentos de testemunhas, interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, além da quebra de sigilo bancário, fiscal e financeiro. O levantamento indicou que alguns investigados possuíam movimentações financeiras incompatíveis com seus salários, reforçando a suspeita de enriquecimento ilícito. Em um dos casos, segundo o MPTO, foi comprovado um pagamento via PIX para a parente de um dos investigados como contrapartida por um procedimento. Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.

FONTE: https://g1.globo.com/to/tocantins/noticia/2025/11/04/operacao-investiga-suspeita-de-fura-fila-e-venda-de-cirurgias-em-hospital-publico-do-tocantins.ghtml


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